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Reprodução: PapoDeCinema |
Marcado pela trágica e desestruturada relação entre mãe e filha — simbolizada pela confusa câmera na mão — Meu Anjo tenta ser o Projeto Florida de 2018, mas não é bem sucedido. Dirigido por Vanessa Filho, o drama francês, apesar de trazer uma narrativa dura e crua, peca com um roteiro pouco crível.
Marlène (Marion Cotillard) é uma mãe ausente e irresponsável que negligencia sua filha Eli (Ayline Aksoy-Etaix), dando mais atenção ao álcool, festas e às suas tentativas falhas de conseguir um relacionamento amoroso estável. No entanto, o que a primeira vista parece uma história sobre o relacionamento entre as duas personagens, torna-se uma jornada solo da criança, que é abandonada pela mãe. Mesmo com o serviço social já presente na vida da família, ninguém parece perceber o sumiço de Marlène na vida de Eli, que passa a espelhar as atitudes inconsequentes da mãe. Bebendo os uísques e abusando das maquiagens, o abandono não causa uma inversão de papéis, mas gera uma segunda versão da personagem perturbada, interpretada com certo exagero por Marion.
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Reprodução: PapoDeCinema |
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