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Reprodução: F5 |
Eu não sei como descrever o quão ruim é a mais nova comédia nacional, Chorar de Rir. O filme faz os outros trabalhos de Leandro Hassum parecerem quase bons, o que, admitamos, é um grande feito. O que deveriam ser 103 minutos de lazer e boas risadas se tornam uma eternidade de sofrimento, tédio e decepção. Minto. Ninguém esperava que o filme fosse bom, em primeiro lugar.
O longa é dirigido por Toniko Melo, que comete erro atrás de erro atrás de erro. Sim, três vezes, pois são, de fato, muitos erros. Não existe nenhum ponto positivo no filme. Absolutamente nada funciona.
A narrativa acompanha um famoso humorista, Nilo Perequê, que resolve sair do mundo da comédia para tentar a vida no drama, como ator. As falhas já começam aí: o humorista não é engraçado e o que é dito como uma boa performance dramática por parte dele é, na realidade, um poço de inexpressividade. O personagem principal carece de personalidade e de background, que é limitado ao seu romance - completamente sem química, diga-se de passagem - com Bárbara (Monique Alfradique). Infelizmente, ninguém no elenco é capaz de salvar o filme: o casal Jaimelito (Otávio Muller ) e Kitty (Natália Lage) é puro clichê e não agrega em nada o enredo. Para ser sincera, os pontos altos do filme são, possivelmente, a aparição de Sidney Magal e as personagens secundárias das jornalistas caricatas - e mesmo estes pontos são bem baixos, deixemos claro.
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Reprodução: AdoroCinema |
A trilha sonora também é uma catástrofe: uma versão horrorosa de Despacito insiste em tocar repetidamente sem nenhum motivo aparente e os efeitos sonoros bregas são uma tentativa desesperada de fazer o público rir, já que os diálogos claramente não cumprem tal objetivo.
Chorar de Rir é, sem dúvidas, um desperdício de tempo e dinheiro. Por isso, ao leitor, eu digo um sincero e bem intencionado “fuja!”.
Ficha Técnica:
Data de lançamento: 21 de março de 2019Diretor: Toniko Melo
Atores: Leandro Hassum, Monique Alfradique, Otávio Müller
Avaliação: 1/5 - Ruim