Crítica: Godzilla II - Rei dos Monstros

Warner Bros. / Divulgação

Godzilla II: Rei dos Monstros é uma sequência de Godzilla (2014) e Kong: A Ilha da Caveira (2017) e faz parte do universo criado pela Warner Bros nos cinemas, onde alguns dos monstros mais conhecidas pelo público coexistem. Diferentemente do primeiro longa sobre a criatura lendária, em Rei dos Monstros, os personagens humanos são melhor desenvolvidos e suas histórias são mais interessantes, despertando a curiosidade dos espectadores. No entanto, não são só os humanos que possuem motivações e características distintas. Os Titãs, como são chamados os monstros no filme dirigido por Michael Dougherty, têm suas vontades próprias e agem usando instintos de sobrevivência.

O mundo precisa decidir o que fazer agora que sabe da existência de Godzilla, o que as pessoas consideravam ser apenas uma lenda. Embora as autoridades optem pelo extermínio de Godzilla, a Monarch, uma agência criptozoológica, defende a criatura e acredita que ela não representa perigo para a humanidade. Com um dispositivo criado por ela, a Doutora Emma Russell (Vera Farmiga) descobre o paradeiro de diversos outros monstros, incluindo o inimigo mortal de Godzilla, o tricéfalo Ghidorah. A invenção de Emma coloca ela e sua filha Madison, a Millie Bobby Brown de Stranger Things, em perigo. Elas ficam na mira de Jonah Alan (Charles Dance), um contrabandista de relíquias que possam ser coletadas seguindo os vestígios dos monstros que habitam neste universo. O ator volta a interpretar um vilão, após dar vida ao grandioso Tywin Lannister de Game of Thrones e, inclusive, rola uma pequena homenagem a esse papel.

Contudo, as cenas dos monstros adormecidos emergindo de seus esconderijos ficam cansativas depois de um tempo. Nota-se o cuidado dos roteiristas Michael Dougherty, Max Borenstein e Zach Shields para que esses momentos não se tornem repetitivos, mas por serem tantos, acaba sendo inevitável. Quando esses monstros começam a disputar pela supremacia, os humanos são colocados em risco. Junto com Godzilla para salvar a raça humana, a equipe da Monarch, liderada por Mark Russell (Kyle Chandler) se torna a melhor esperança de impedir Ghidorah de extinguir a humanidade.

Com tantas criaturas gigantescas em rota de colisão, confrontos épicos seriam inevitáveis. Alguns acontecem na terra e outros nos céus e em ambos dos casos a fotografia do longa, sob direção de Lawrence Sher, proporciona um espetáculo. Embora os humanos não participem diretamente nas batalhas, há um equilíbrio para que suas ações façam diferença no desfecho delas. O uso dos efeitos especiais é tão bom que esquecemos dele e mergulhamos no cenário com maior facilidade. A trilha sonora é sutil em boa parte do filme, mas ganha destaque no ato final e contribui com a grandiosidade do último combate entre os titãs.

Warner Bros. / Divulgação

Godzilla é uma sequência superior ao seu filme de origem e consegue entregar uma história convincente em meio a um show pirotécnico de efeitos especiais. Após a exibição do longa, espere pelo final dos créditos, para apreciar a cena pós-créditos, que abre caminho para as próximas aventuras da franquia. 

Ficha Técnica:

Filme: Godzilla II: Rei dos Monstros
Diretor: Michael Dougherty
Data de Lançamento: 30 de maio de 2019
Elenco: Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Kyle Chandler

Trailer: